A FIV Pode Ser Usada para Prevenir Doenças Hereditárias – PGT?

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A fertilização in vitro (FIV) não é apenas um tratamento para a infertilidade, mas também uma poderosa ferramenta na prevenção de doenças hereditárias. Com o auxílio do teste genético pré-implantacional (PGT), a FIV pode ajudar casais a evitar a transmissão de condições genéticas aos seus filhos. Neste artigo, exploraremos como a FIV pode ser usada para prevenir doenças hereditárias, detalhando as técnicas de PGT, seus benefícios, limitações e considerações éticas.

 

1. Entendendo o Teste Genético Pré-Implantacional (PGT)

O teste genético pré-implantacional (PGT) é uma técnica avançada que permite a análise genética de embriões antes de serem transferidos para o útero, tornando-se uma ferramenta vital na prevenção de doenças genéticas. O PGT é crucial para casais com histórico familiar de doenças genéticas específicas ou que já tiveram um filho com uma condição genética. O PGT é dividido em três categorias principais, cada uma focada em diferentes tipos de anomalias genéticas:

  • PGT-A (Aneuploidias): Busca detectar aneuploidias, que são alterações no número de cromossomos. Aneuploidias podem levar a problemas de desenvolvimento, aborto espontâneo e condições como a síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21), síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18) e síndrome de Patau (trissomia do cromossomo 13). Por exemplo, uma mulher com idade avançada tem um risco maior de produzir óvulos com aneuploidias, tornando o PGT-A uma ferramenta valiosa para aumentar suas chances de uma gravidez bem-sucedida.

 

  • PGT-M (Alterações Mendelianas): Focado na identificação de mutações genéticas que seguem um padrão de herança mendeliano, como a fibrose cística (causada por mutações no gene CFTR), anemia falciforme (mutação no gene HBB) e a doença de Huntington (expansão da repetição CAG no gene HTT). Casais que são portadores de um gene recessivo para uma dessas condições podem usar o PGT-M para selecionar embriões não afetados.

 

  • PGT-SR (Alterações Estruturais): Destinado a detectar alterações estruturais nos cromossomos, como translocações (quando partes de dois cromossomos diferentes trocam de lugar) e inversões (quando um segmento de um cromossomo é invertido), que podem causar condições genéticas raras e problemas de fertilidade. Por exemplo, um casal com histórico de abortos recorrentes pode se beneficiar do PGT-SR para identificar embriões com rearranjos cromossômicos desequilibrados.

 

2. Como o PGT Funciona

O processo de PGT envolve várias etapas críticas durante o ciclo de FIV, desde a estimulação ovariana até a transferência embrionária. Cada etapa é cuidadosamente monitorada para garantir a segurança e eficácia do procedimento:

  • Estimulação Ovariana e Coleta de Óvulos: A mulher é submetida a um tratamento hormonal (geralmente com gonadotrofinas) para estimular a produção de múltiplos óvulos. O objetivo é obter um número suficiente de óvulos para aumentar as chances de ter embriões saudáveis para análise. Os óvulos são coletados através de uma punção ovariana, um procedimento minimamente invasivo guiado por ultrassom.

 

  • Fertilização e Desenvolvimento Embrionário: Os óvulos coletados são fertilizados com espermatozoides em laboratório através de duas técnicas principais: a fertilização in vitro convencional (FIV clássica) ou a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), onde um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. Após a fertilização, os embriões são cultivados em incubadoras especiais que simulam as condições do útero, permitindo que se desenvolvam por alguns dias, geralmente até o estágio de blastocisto (5-7 dias após a fertilização).

 

  • Biopsia Embrionária: No estágio de blastocisto, uma pequena amostra de células (geralmente de 5 a 10 células) é retirada do trofoderma, a camada externa de células que dará origem à placenta. A biopsia do trofoderma é preferível à biopsia de blastômeros (células do embrião em estágios iniciais) porque minimiza o risco de dano ao embrião, já que as células removidas não contribuem diretamente para o desenvolvimento do feto.

 

  • Análise Genética: As células coletadas passam por análises genéticas avançadas, como o sequenciamento de nova geração (NGS) ou a hibridização genômica comparativa (CGH), para detectar as anomalias específicas que estão sendo investigadas. O NGS é uma técnica mais moderna e precisa, capaz de detectar um amplo espectro de anomalias genéticas com alta resolução. O tempo de análise varia, mas os resultados geralmente estão disponíveis dentro de 1 a 2 semanas.

 

  • Seleção Embrionária: Com base nos resultados da análise genética, embriões sem anomalias são selecionados para transferência, enquanto aqueles com anomalias podem ser descartados ou congelados para futuras considerações, dependendo das opções e desejos dos pais. A decisão sobre o descarte ou congelamento de embriões com anomalias é complexa e envolve considerações éticas e emocionais.

 

  • Transferência Embrionária: Apenas embriões selecionados e saudáveis são transferidos para o útero da mulher, aumentando as chances de uma gravidez saudável e redução do risco de condições genéticas hereditárias. A transferência embrionária é um procedimento simples e indolor, realizado com um cateter fino guiado por ultrassom.

 

3. Benefícios do Uso de PGT na FIV

A implementação de PGT durante a FIV oferece vários benefícios significativos para casais com risco de transmitir doenças hereditárias:

  • Aumento das Chances de Gravidez Saudável: O PGT melhora as chances de implantação bem-sucedida e desenvolvimento saudável do embrião, ao garantir que apenas embriões geneticamente normais sejam transferidos. Isso é especialmente importante para casais com histórico de falhas de implantação ou abortos recorrentes.

 

  • Redução de Abortos Espontâneos: Ao detectar e evitar a transferência de embriões com aneuploidias, o PGT reduz a probabilidade de abortos espontâneos causados por anomalias cromossômicas. A maioria dos abortos espontâneos no primeiro trimestre da gravidez é causada por aneuploidias.

 

  • Prevenção de Doenças Genéticas: Casais com histórico de doenças genéticas podem evitar a transmissão dessas condições para seus filhos, proporcionando paz de espírito e segurança a longo prazo. Por exemplo, um casal com risco de transmitir fibrose cística pode usar o PGT-M para garantir que seu filho não herde a doença.

 

  • Decisão Informada: O PGT fornece informações detalhadas sobre o status genético dos embriões, permitindo que os casais tomem decisões informadas sobre a transferência embrionária. Essa informação permite que os casais alinhem suas decisões com seus valores e crenças pessoais.

 

4. Considerações e Limitações

Apesar das vantagens, é importante considerar algumas limitações e desafios associados ao PGT:

  • Custo Elevado: O PGT é um procedimento especializado que pode aumentar significativamente o custo total do tratamento de FIV. Os custos variam de clínica para clínica e podem ser influenciados pelo número de embriões analisados e pela técnica de análise genética utilizada.

 

  • Complexidade Técnica: Requer equipamentos avançados e equipe especializada (geneticistas, embriologistas e técnicos de laboratório) para realizar a análise genética com precisão. A interpretação dos resultados do PGT também requer expertise e experiência.

 

  • Limitações Diagnósticas: Embora o PGT possa detectar muitas anomalias genéticas, ele não pode identificar todas as condições hereditárias ou prever problemas que possam surgir após o nascimento. Algumas condições genéticas podem surgir de mutações de novo (mutações que ocorrem espontaneamente no embrião) e não podem ser detectadas pelo PGT.

 

  • Mosaicismo: Existe a possibilidade de mosaicismo embrionário, onde algumas células do embrião são geneticamente normais e outras são anormais. O PGT analisa apenas uma pequena amostra de células, o que pode levar a resultados falso-negativos ou falso-positivos em casos de mosaicismo.

 

  • Considerações Éticas: O PGT levanta questões éticas complexas relacionadas à seleção de embriões, descarte de embriões com anomalias e o potencial para “bebês sob medida”. É importante que os casais recebam aconselhamento genético adequado para entender as implicações éticas do PGT e tomar decisões informadas.

 

5. Como o Dr. José Roberto Lambert Pode Ajudar

O Dr. José Roberto Lambert, especialista em medicina reprodutiva em Santo André/SP, utiliza as mais modernas técnicas de FIV e PGT para auxiliar casais na prevenção de doenças hereditárias. Sua abordagem personalizada e centrada no paciente garante que cada caso seja cuidadosamente avaliado e tratado com a máxima atenção e precisão. O Dr. Lambert trabalha em colaboração com laboratórios de genética de ponta para garantir a precisão e confiabilidade dos resultados do PGT.

 

6. Conclusão

O uso da FIV com PGT é uma estratégia poderosa para casais que desejam prevenir doenças hereditárias e garantir uma gravidez saudável. Através dessas tecnologias inovadoras, é possível realizar o sonho de ter filhos sem o medo da transmissão de condições genéticas.

 

Para saber mais sobre como a FIV pode ajudar no seu caso específico, agende uma consulta com o Dr. José Roberto Lambert em Santo André/SP. Descubra as melhores opções para sua família e dê o primeiro passo em direção a um futuro saudável e promissor. Entre em contato hoje mesmo!

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