Gravidez Gemelar na FIV (Fertilização in Vitro) Por que Tem Mais Chance ?

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A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que revolucionou a forma como muitos casais realizam o sonho de ter filhos. Uma das características notáveis é a maior probabilidade de gravidez gemelar na fiv que em comparação com a concepção natural. Vamos explorar as razões detalhadas por trás desse fenômeno.

 

1. Transferência de Múltiplos Embriões

A principal razão para o aumento das chances de gravidez gemelar na fiv é a prática de transferir mais de um embrião para o útero da paciente. Essa abordagem visa maximizar as chances de implantação e, consequentemente, de gravidez, especialmente em casos onde a viabilidade de um único embrião pode ser incerta.

Exemplo: Em pacientes com histórico de falhas de implantação, idade materna avançada (acima de 38 anos) ou com embriões de qualidade inferior, a transferência de dois ou três embriões pode aumentar significativamente as taxas de gravidez. No entanto, essa prática também eleva a probabilidade de gestações múltiplas, como gêmeos ou trigêmeos, que trazem consigo riscos adicionais. A decisão de transferir múltiplos embriões deve ser tomada após uma discussão detalhada com o especialista, considerando os riscos e benefícios.

 

2. Estratégias para Melhorar as Chances de Sucesso

Para otimizar as chances de sucesso e minimizar os riscos associados à transferência de múltiplos embriões, diversas estratégias são empregadas, cada uma com suas particularidades e aplicabilidades:

  • Idade Materna: A idade da paciente é um fator crucial. Mulheres mais jovens geralmente têm embriões de melhor qualidade e maior probabilidade de implantação. Profissionais médicos ajustam o número de embriões transferidos com base na idade da paciente, equilibrando as chances de sucesso com o risco de gestações múltiplas.

Exemplo: Em pacientes com menos de 35 anos, a transferência de um único embrião é fortemente recomendada devido às altas taxas de sucesso e à menor probabilidade de complicações. Para pacientes entre 35 e 37 anos, a decisão pode depender da qualidade dos embriões e do histórico de fertilidade.

 

  • Qualidade do Embrião: A seleção e análise da qualidade dos embriões são práticas comuns na FIV. A morfologia e o desenvolvimento embrionário são avaliados em laboratório para identificar os embriões com maior potencial de implantação. Técnicas como o time-lapse imaging permitem monitorar o desenvolvimento embrionário em tempo real, fornecendo informações valiosas sobre a viabilidade do embrião. Além disso, o teste genético pré-implantacional (PGT) pode ser utilizado para identificar embriões com aneuploidias (alterações cromossômicas), aumentando as chances de uma gravidez saudável.

Exemplo: Embriões classificados como “grau A” ou “excelente” têm maior probabilidade de implantação e, portanto, menos embriões podem ser necessários para transferência. Se o PGT identificar embriões euploides (cromossomicamente normais), a transferência de um único embrião pode ser a opção mais segura e eficaz.

 

  • Histórico de Fertilidade: O histórico médico e de fertilidade do casal desempenha um papel importante na determinação do número ideal de embriões a serem transferidos. Fatores como histórico de abortos espontâneos, falhas de implantação prévias, condições médicas subjacentes (como endometriose ou síndrome dos ovários policísticos) e resultados de exames (como histeroscopia e espermograma) são considerados.

Exemplo: Em casais com histórico de abortos de repetição, a investigação de possíveis causas (como trombofilias ou alterações uterinas) e a transferência de um número menor de embriões de alta qualidade podem ser recomendadas, juntamente com o uso de medicamentos como heparina ou progesterona para suporte à fase lútea.

 

3. Riscos e Considerações de Gravidez Gemelar na FIV

Embora gestações gemelares possam ser vistas de maneira positiva por alguns casais, é fundamental estar ciente dos riscos e complicações associados a elas. Gestações múltiplas apresentam maiores riscos tanto para a mãe quanto para os bebês, exigindo um acompanhamento pré-natal mais rigoroso e especializado.

Riscos para a Mãe:

  • Pré-eclâmpsia: Aumento da pressão arterial e presença de proteína na urina, podendo levar a complicações graves como eclâmpsia (convulsões) e síndrome HELLP (hemólise, elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas).
  • Diabetes Gestacional: Aumento dos níveis de açúcar no sangue durante a gravidez, aumentando o risco de macrossomia fetal (bebê grande) e complicações no parto.
  • Parto Prematuro: Maior probabilidade de trabalho de parto antes do tempo (antes de 37 semanas), aumentando os riscos para os bebês. Em gestações gemelares, a probabilidade de parto prematuro é significativamente maior.
  • Hemorragia Pós-Parto: Maior risco de sangramento excessivo após o parto, necessitando, em alguns casos, de transfusão sanguínea ou intervenção cirúrgica.
  • Outras Complicações: Anemia, necessidade de cesariana, tromboembolismo venoso e depressão pós-parto.

 

Riscos para os Bebês:

  • Prematuridade: Nascimentos prematuros podem levar a problemas respiratórios (como síndrome da angústia respiratória), neurológicos (como hemorragia intraventricular) e outros problemas de saúde (como enterocolite necrosante).
  • Baixo Peso ao Nascer: Bebês de gestações múltiplas tendem a ter menor peso ao nascer, aumentando os riscos de complicações neonatais e mortalidade infantil.
  • Paralisia Cerebral: Maior risco de desenvolvimento de paralisia cerebral em bebês prematuros, devido a lesões cerebrais decorrentes da prematuridade e complicações associadas.
  • Síndrome de Transfusão Feto-Fetal (STFF): Em gestações gemelares monocoriônicas (gêmeos que compartilham a mesma placenta), pode ocorrer a STFF, onde um feto recebe mais sangue que o outro, levando a complicações graves para ambos.

 

É essencial que essas preocupações sejam discutidas abertamente com o especialista em reprodução para decidir a melhor abordagem, considerando os riscos e benefícios da transferência de múltiplos embriões. O aconselhamento genético também pode ser recomendado para casais com histórico familiar de doenças genéticas.

 

4. Práticas Atuais e Tendências

Nos últimos anos, tem havido uma tendência crescente no uso da transferência de embrião único em FIV. Essa prática visa reduzir as taxas de gestações múltiplas sem comprometer significativamente as chances de sucesso da gravidez, especialmente com o avanço das técnicas de seleção embrionária e PGT.

Benefícios da transferência de embrião único:

  • Redução do risco de gestações múltiplas e suas complicações associadas, como prematuridade, baixo peso ao nascer e pré-eclâmpsia.
  • Melhora da saúde materna e neonatal, diminuindo o estresse físico e emocional da gravidez e do parto.
  • Possibilidade de realizar um número maior de ciclos de FIV com os embriões restantes, caso a primeira tentativa não seja bem-sucedida, sem aumentar o risco de gestações múltiplas.
  • Redução dos custos associados ao acompanhamento pré-natal e ao parto de gestações gemelares.

A decisão de realizar SET ou transferir múltiplos embriões deve ser individualizada, levando em consideração a idade da paciente, a qualidade dos embriões, o histórico de fertilidade e as preferências do casal. A comunicação aberta e transparente entre o casal e o especialista é fundamental para tomar a melhor decisão.

 

5. Considerações Éticas e Legais

Além dos aspectos médicos, é importante considerar as implicações éticas e legais da transferência de múltiplos embriões. Em alguns países, existem regulamentações que limitam o número de embriões a serem transferidos, visando reduzir as taxas de gestações múltiplas. É fundamental que os casais estejam cientes dessas regulamentações e que tomem decisões informadas, considerando seus valores e crenças.

 

6. Conclusão

A FIV é uma técnica poderosa e transformadora que oferece a muitos casais a chance de formar uma família. A possibilidade de gestações múltiplas deve ser cuidadosamente considerada como parte do plano de tratamento personalizado, desenvolvido por especialistas como o Dr. José Roberto Lambert, que compreende as nuances da reprodução humana e pode orientar os casais na tomada de decisões informadas.

Agende uma consulta com o Dr. José Roberto Lambert, especialista em medicina da fertilidade em Santo André/SP, e descubra como a FIV pode ajudar você a realizar o sonho de ser pai ou mãe. Entre em contato conosco hoje mesmo e comece sua jornada rumo à maternidade ou paternidade!

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