Doença Hipertensiva da Gestação: Como Diagnosticar e Tratar a Pré-Eclâmpsia

gestacao-pre-eclampia-dr-jose-roberto-lambert-reproducao-assistida-santo-andre-sp

A doença hipertensiva da gestação é uma das complicações mais comuns na gravidez, afetando cerca de 10% das gestantes no Brasil. Dentre essas condições, a pré-eclâmpsia é a mais preocupante, pois pode trazer riscos graves para a mãe e o bebê se não for diagnosticada e tratada a tempo. Neste artigo, vamos explicar o que é a pré-eclâmpsia, como diagnosticá-la e quais são os melhores tratamentos para garantir uma gestação segura.

O Que é a Doença Hipertensiva da Gestação?

A doença hipertensiva da gestação é um termo que engloba várias condições relacionadas à pressão alta durante a gravidez. As principais são:

  • Hipertensão Gestacional: Pressão alta que surge após a 20ª semana de gestação, sem presença de proteína na urina.
  • Pré-Eclâmpsia: Pressão alta associada à presença de proteína na urina (proteinúria) ou a outros sinais de comprometimento de órgãos, como fígado ou rins.
  • Eclâmpsia: Uma complicação grave da pré-eclâmpsia, caracterizada por convulsões.
  • Síndrome HELLP: Uma forma grave de pré-eclâmpsia que afeta o fígado e a coagulação sanguínea.

A pré-eclâmpsia é a forma mais comum e preocupante, exigindo atenção especial durante o pré-natal.

 

Sintomas da Pré-Eclâmpsia

A pré-eclâmpsia pode ser assintomática no início, mas, à medida que evolui, pode apresentar os seguintes sinais:

  • Pressão arterial elevada: Acima de 140/90 mmHg.
  • Presença de proteína na urina (proteinúria).
  • Inchaço excessivo (edema), especialmente nas mãos, rosto e pernas.
  • Dor de cabeça persistente.
  • Alterações visuais, como visão turva ou sensibilidade à luz.
  • Dor abdominal, principalmente no lado direito, sob as costelas.
  • Náuseas e vômitos.

Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia (convulsões) ou síndrome HELLP, colocando a vida da mãe e do bebê em risco.

 

Como Diagnosticar a Pré-Eclâmpsia?

O diagnóstico da pré-eclâmpsia é feito durante o pré-natal, por meio de exames clínicos e laboratoriais. Os principais métodos incluem:

1. **Medição da Pressão Arterial**:
– A pressão é considerada alta quando está acima de 140/90 mmHg.

2. **Exame de Urina**:
– Detecta a presença de proteína na urina (proteinúria).

3. **Exames de Sangue**:
– Avaliam a função renal e hepática, além de verificar a contagem de plaquetas.

4. **Ultrassom e Doppler**:
– Monitoram o crescimento do feto e o fluxo sanguíneo na placenta.

5. **Avaliação de Sintomas**:
– O médico leva em consideração sintomas como dor de cabeça, alterações visuais e inchaço excessivo.

 

Fatores de Risco para Pré-Eclâmpsia

Algumas gestantes têm maior probabilidade de desenvolver pré-eclâmpsia. Os principais fatores de risco incluem:

  • Primeira gravidez.
  • Histórico de pré-eclâmpsia em gestações anteriores.
  • Gravidez múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc.).
  • Idade acima de 35 anos ou abaixo de 18 anos.
  • Obesidade ou sobrepeso.
  • Doenças crônicas, como hipertensão, diabetes ou doença renal.
  • Histórico familiar de pré-eclâmpsia.

 

Tratamento da Pré-Eclâmpsia

O tratamento da pré-eclâmpsia depende da gravidade da condição e da idade gestacional. O objetivo é controlar a pressão arterial, prevenir complicações e garantir a segurança da mãe e do bebê.

1. Monitoramento Rigoroso

Em casos leves, o médico pode recomendar repouso, monitoramento da pressão arterial em casa e consultas pré-natais mais frequentes.

2. Medicamentos para Controlar a Pressão Arterial

Anti-hipertensivos seguros para gestantes, como a metildopa ou a nifedipina, podem ser prescritos para controlar a pressão alta.

3. Sulfato de Magnésio

Em casos de pré-eclâmpsia grave ou risco de eclâmpsia, o sulfato de magnésio é administrado para prevenir convulsões.

4. Indução do Parto ou Cesárea

Se a pré-eclâmpsia for grave ou ocorrer próximo ao termo da gravidez, o parto pode ser induzido ou realizada uma cesárea para proteger a mãe e o bebê.

5. Corticosteroides

Se o parto precisar ser antecipado antes das 34 semanas, corticosteroides podem ser administrados para acelerar o amadurecimento dos pulmões do bebê.

 

Prevenção da Pré-Eclâmpsia

Embora nem sempre seja possível prevenir a pré-eclâmpsia, algumas medidas podem reduzir o risco:

  • Pré-natal adequado: Realizar todas as consultas e exames recomendados.
  • Controle do peso: Manter um peso saudável antes e durante a gravidez.
  • Alimentação equilibrada: Consumir alimentos ricos em nutrientes e evitar excesso de sal.
  • Uso de aspirina em baixa dose: Em gestantes de alto risco, o médico pode recomendar aspirina em baixa dose a partir do segundo trimestre.

Complicações da Pré-Eclâmpsia

Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode levar a complicações graves, como:

  • Eclâmpsia: Convulsões que podem colocar a vida da mãe em risco.
  • Síndrome HELLP: Afeta o fígado e a coagulação sanguínea.
  • Descolamento prematuro da placenta: Pode causar sangramento e parto prematuro.
  • Restrição de crescimento fetal: O bebê pode não crescer adequadamente dentro do útero.
  • Parto prematuro: O bebê pode nascer antes das 37 semanas.

 

Conclusão

A pré-eclâmpsia é uma condição séria, mas, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível garantir uma gestação segura para a mãe e o bebê. Se você está grávida ou planeja engravidar, converse com seu médico sobre os riscos e as medidas preventivas.

 

O Dr. José Roberto Lambert, ginecologista especializado em Reprodução Humana, está à disposição para oferecer um atendimento completo e personalizado, garantindo o melhor cuidado para você e seu bebê. Agende sua consulta e cuide da sua saúde com quem entende do assunto!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agendar Consulta
Conversar com um Atendente
Olá, sou o Dr. Lambert, especialista em restaurar a fertilidade.

Clique para falar com o nosso atendimento e agendar uma consulta.