Gestação Ectópica: O Que Você Precisa Saber

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A gestação ectópica é uma condição rara, mas que pode acontecer após um tratamento de fertilização in vitro (FIV). Ela ocorre quando o embrião se implanta fora do útero, geralmente nas trompas de Falópio.

 

O Que Causa a Gestação Ectópica?

Embora a gestação ectópica seja incomum, há fatores que podem aumentar as chances de ocorrência:

  • Problemas nas trompas de Falópio: Se houver histórico de infecções ou cirurgias nas trompas.
  • Histórico de gestação ectópica: Se a mulher já teve uma gravidez ectópica antes.
  • Técnica de transferência do embrião: O local onde o embrião é colocado pode influenciar o risco de gravidez fora do útero.
  • Número de embriões transferidos: A transferência de mais de um embrião ou de maior volume pode aumentar o risco.
  • Estímulo ovariano intenso: O uso de medicamentos para estimular os ovários pode ter um impacto.
  • Infecções pélvicas anteriores: Doenças como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) podem prejudicar a fertilidade.

Como a Gestação Ectópica Acontece?

Durante o ciclo menstrual, o útero se prepara para receber o embrião. Após a ovulação, o embrião é normalmente transportado pelas trompas de Falópio até o útero. No entanto, se algo der errado, o embrião pode se implantar na trompa ou em outras partes do corpo, resultando numa gestação ectópica.

 

Sintomas de Gestação Ectópica: Como Identificar?

A gestação ectópica pode causar:

  • Dor abdominal forte (95% dos casos);
  • Atraso menstrual ou ausência de menstruação (80%);
  • Sangramento vaginal anormal (50%)

Se você sentir dor abdominal intensa, acompanhada de outros sinais como queda na pressão ou desmaios, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. Essas complicações podem ser graves e até colocar a vida da mulher em risco.

 

Como Diagnosticar a Gestação Ectópica?

O diagnóstico é feito através de:

  • Exame de sangue (BHCG): Esse hormônio é usado para confirmar a gravidez. Na gestação ectópica, os níveis de BHCG podem ser mais baixos do que o normal;
  • Ultrassom transvaginal (USPTV): Esse exame é fundamental para identificar a localização do embrião, mesmo que ele esteja nas trompas ou fora do útero.

 

Diagnóstico Diferencial

É importante diferenciar a gestação ectópica de outras condições, como:

  • Aborto espontâneo;
  • Infecção das trompas (salpingite);
  • Cistos ovarianos ou endometriose;
  • Apendicite

Tratamento para Gestação Ectópica

O tratamento para gestação ectópica pode ser realizado de três formas:

1. Conduta Expectante
Essa abordagem é adotada quando a gestação é muito inicial e não há risco imediato. A mulher é monitorada com exames de sangue e ultrassom para verificar se os níveis de BHCG estão diminuindo naturalmente.

 

2. Tratamento Medicamentoso (Metrotrexato)
O Metrotrexato é o medicamento mais comum para tratar a gestação ectópica. Ele ajuda a interromper o crescimento da gravidez fora do útero, mas pode ter efeitos colaterais, como náuseas e cansaço. Esse tratamento é recomendado quando a mulher está estável e não apresenta complicações graves.

Critérios para usar Metrotrexato:

  • Estabilidade da mulher
  • Ausência de dor intensa
  • Massa anexial (na trompa) menor que 3,5 cm
  • Funcionamento normal do fígado e dos rins

3. Tratamento Cirúrgico
A cirurgia é indicada em casos mais graves, onde há risco de ruptura da trompa ou sangramentos. Pode ser feita por:

  • Laparoscopia: Técnica minimamente invasiva, preferida pelos médicos, com menor tempo de recuperação.
  • Laparotomia: Quando há instabilidade hemodinâmica (diminuição grave da pressão arterial).

A escolha entre salpingostomia (remoção do embrião da trompa) ou salpingectomia (remoção da trompa) depende do desejo da paciente de engravidar novamente e da saúde da trompa.

 

Prevenção e Cuidados Futuramente

Mulheres com histórico de gestação ectópica ou que enfrentam dificuldades para engravidar devem conversar com seu médico sobre as opções de tratamento. A prevenção depende de um diagnóstico precoce e acompanhamento regular.

 

Conclusão

Embora a gestação ectópica seja uma complicação rara após FIV, é importante que as mulheres saibam identificar seus sintomas e busquem ajuda médica imediatamente, caso necessário. O diagnóstico precoce e as opções de tratamento podem aumentar as chances de preservar a saúde reprodutiva e o bem-estar da mulher.

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